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Dia Da Mulher Cabo-verdiana



No dia 27 de Março de 1981, várias mulheres que participaram na luta de libertação nacional criaram a Organização das Mulheres de Cabo Verde, a OMCV, com o objetivo de intervir em áreas como Direitos das Mulheres, Formação e Capacitação Profissional e Empreendedorismo Feminino, entre outras áreas. ”



Desde a data da criação da OMCV, todos os anos, a 27 de março, onde quer que haja um grupo de mulheres cabo-verdianas, um simples passeio, uma almoçarada ou uma tarde de cuscuz e alguma animação, desta feita com direito a improviso teatral, servem de pretexto para se comemorar “O dia da Mulher Cabo-verdiana”

Tendo em conta a comemoração em causa, no Domingo, dia 26, o espaço comercial “Café B’EJO DE SODADE”, no Laranjeiro, foi palco de uma pequena animação cultural, que a Diáspora MS aproveitou para colher algumas palavras da dona do estabelecimento:


Corsa Fortes: Antes de mais, parabéns pela mostra gastronómica na qual não faltou um exemplar de um fogão Primo. Noto que a atividade em prol do dia da mulher Cabo-verdiana tomou contornos culturais. Seria possível algumas palavras sobre esta atividade?

Nani Morais: Sim. Pensei reunir mulheres que frequentam o café e promover uma mostra gastronómica típica de Cabo Verde. Como o nosso café já misturado com leite, o nosso funguim, pastel de milho, bolo de banana, calabaceira, veludo e um mitche ingrom, etc. As mulheres aderiram com trajes africanos e vamos realizar um desfile, com prémio surpresa para o melhor traje. E não vai faltar animação musical. Como vês, estamos a ter um bom convívio aqui no Café B’EJO DE SODADE.

Corsa Fortes: Corsa Fortes: Sendo a Nani alguém muito dada à comunidade, a minha pergunta vai no sentido de saber se pretende continuar a promover eventos que ofereçam alternativas culturais às atividades típicas de um café?

Nani Morais: Penso que sim, vou fazendo. Muitas pessoas elogiam as coisas que mostram a cultura de Cabo Verde: a bandeira bem destacada na parede, os quadros alusivos a artistas cabo-verdianos, expostos pelo nosso grande pintor, António Firmino. Sinto que pode ser um espaço aberto para as pessoas mostrarem coisas tradicionais da nossa terra.

Corsa Fortes: Para ti, o que é ser uma mulher cabo-verdiana?

Nani Morais:A minha mãe é a fotografia de uma mulher cabo-verdiana, uma mulher que lutou muito para criar os filhos. A mulher de Cabo Verde é lutadora, faz tudo; desde de vender peixe, fruta, etc. Nós temos de ir buscar força onde der para ganhar a vida e não esquecer que cada ruga das mulheres mais velhas representa grande esforço na vida, somos lutadoras.

Desta feita, mesa composta com uma grande variedade de doces e bolos, bolacha da terra, cestos com mostras de frutas e frutos e muita animação musical não faltaram. Assim como não faltou teatro improvisado a recriar as vendedoras de fruta fresca, as vendedoras de cuscuz quente com manteiga e os “meninos de rua”: piratinhas que aproveitam momentos de descuido para “arrebatar” comida.

Corsa Fortes, 04 de Abril de 2017


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